01 maio

Os 3 Princípios Básicos da Segurança Pessoal

Os Três Princípios Básicos da Segurança Pessoal

Muitas pessoas possuem o pensamento de que “isso nunca vai acontecer comigo” e tem uma atitude de indiferença em relação aos perigos em relação a outras pessoas ou lugares. Também são diariamente bombardeadas com os sons, imagens e todo caos e estresse de uma grande cidade, fazendo com que, em um nível subconsciente, não se torne capaz de enxergar ou perceber os riscos e as situações de violência a que estão expostas todos os dias. Como podemos analisar pelo número crescente de alunos buscando as aulas de defesa pessoal, e pelo fato de que a porcentagem dos alunos que foram vítimas se mantém constante, podemos concluir que a maioria das pessoas vive dentro de uma falsa sensação de segurança, ou não são capazes de identificar os perigos e as situações as quais podem estar expostas.

Atos violentos como tentativas de assalto, de estupro, ameaças ou mesmo a violência gratuita, costumam ser bem sucedidos apenas quando há uma estratégia bem elaborada empregada pelo agressor e, embora isso também seja apoiado pela aplicação de psicologia básica simples, são bem sucedidas principalmente por causa do total ‘despreparo‘ da vítima.

Em qualquer estratégia que envolva a segurança pessoal, evitar ameaças e riscos devem compor a principal e mais importante parte do trabalho. Ter habilidades físicas e técnicas é essencial, porém, fazer o uso delas significa que fomos incapazes ou ineficientes na hora de evitar ou prevenir um ataque, e agora, devemos executar de maneira correta e eficaz tudo que for necessário para sobrevivermos a essa nova situação.

Abaixo, vamos listar os 3 dos princípios básicos e mais importantes de Segurança Pessoal que tornarão qualquer pessoa menos propensa e exposta a ser uma vítima de qualquer tipo de violência. Isso não tornará ninguém imune ou inacessível à ataques de qualquer tipo, mas diminuirão razoavelmente as probabilidades de se tornarem vítimas.

 

#1 Você é o Responsável pela sua Própria Segurança.

Ninguém além de você mesmo pode ser responsável por sua própria segurança. No entanto, muitas pessoas acreditam que os outros são mais responsáveis por cuidar delas do que elas próprias. Um exemplo disto pode ser facilmente detectado nos ambientes de trabalho, onde as pessoas sentem que outros estão cuidando de seu bem-estar e segurança de forma geral e que suas ações ou omissões únicas e particulares não podem prejudicar os demais funcionários. Você é responsável por garantir o cumprimento das regras de segurança do ambiente onde trabalha, para seu próprio bem, e não deve transferir essa responsabilidade para que outra pessoa mantenha o ambiente seguro. Esse mesmo pensamento deve ser aplicado para todas as demais situações do dia a dia: em casa, na rua, no trânsito, etc. É fundamental desenvolver hábitos simples como: trancar portas, desconfiar de estranhos, usar equipamentos de segurança, observar situações fora do comum, etc.

Se você chegou até nosso site e nossos artigos, é provável que você se identifique pelo menos em parte com esse princípio, que deve ser estendido a tudo o que fazemos. Na rua, somos nós mesmos, e não a polícia ou qualquer outra entidade a quem vamos recorremos em uma situação de ataque. Ou você age e faz algo no momento que o ato de violência acontece, ou será mais uma vítima, pois é quase impossível a polícia ou qualquer outra entidade estar 100% do tempo cuidando de tudo. E os ataques sempre irão acontecer nos momentos em que eles não estão por perto…

Treinar com profissionais experientes e qualificados fará uma grande diferença caso seja necessário reagir, e nesse ponto, é imprescindível encontra o lugar certo para treinar. Procure uma academia da Federação Internacional de Krav Magá no site www.kravmaga.org.br para ter acesso a um bom profissional, atualizado e alinhado com as academias de Krav Magá mais conceituadas do mundo.

 

#2 Medidas de Segurança devem ser Avaliadas e Equiparadas com a Ameaça.

O segundo princípio diz respeito aos recursos e atitudes. Recursos são as medidas que tomamos para evitar ou dificultar que atos violentos aconteçam. Colocar fechaduras nas portas, alarmes, instalar uma boa iluminação e câmeras de segurança são ótimos exemplos de recursos que podemos aplicar em nossas casas. Investir um pouco de tempo e dinheiro em aulas de Krav Magá para aprendermos a nos defender e estarmos mais preparados e atentos no dia-a-dia, são outro exemplo.

Em uma frente mais subjetiva, esse princípio também se refere à atitude que tomamos e em como reagimos e respondemos aos fatos e aos acontecimentos do dia-a-dia. Devemos ser equilibrados em relação as nossas atitudes, não apenas evitando de nos colocarmos em situações de risco de forma desnecessária, mas também, não estando em um contante nível mental de estresse ou paranóia. Todas as atividades – dirigir um carro, encher uma banheira, andar em um estacionamento à noite – envolvem algum grau de risco. Todos nós temos diferentes atitudes em relação ao risco. Em um extremo temos quem se recuse a se envolver em uma atividade, por conta do risco envolvido. No outro, temos pessoas realizando atividades extremamente arriscadas, e que se recusam a tomar qualquer tipo de cuidado ou precaução. Nenhuma dessas atitudes é útil para viver uma vida normal, e equilibrada. Precisamos aprender a avaliar os riscos e equilibrar as medidas de segurança com cada situação.

 

#3 Consciência Situacional é a Chave de uma a Boa Segurança Pessoal.

O terceiro princípio básico é sobre consciência situacional. Esse é o mais importante dos 3 princípios, e a base para que os outros funcionem de maneira eficiente. Resumidamente, podemos dizer que todos os incidentes de sequestros, roubos, assaltos e até ataques terroristas tiveram um certo sucesso justamente devido ao “elemento surpresa“. Em outras palavras: toda a vigilância e atenção das pessoas envolvidas nesses incidentes, nos momentos que precederam esses ataques (e aqui incluímos situações que podem ter ocorrido semanas antes, no mesmo dia, ou até mesmo na própria configuração do ataque), tudo, absolutamente tudo, passou despercebido pela vítima, resultando em um ataque bem sucedido pelo agressor.

Conhecer todas as regras de segurança pessoal, em termos do que fazer e do que não fazer, não valerá de nada se não formos capazes de perceber quem é o agressor, ou o momento em que um ataque pode acontecer.

Defesa Pessoal é, acima de tudo, uma atitude mental e não algo que praticamos diariamente. É a maneira como nos comportamos e agimos, especialmente quando estamos na rua. A maneira como olhamos, andamos, agimos e somos percebidos pelas outras pessoas em um mesmo ambiente, diz mais do que qualquer outra coisa sobre nós mesmos.

Ser o responsável pela própria segurança e entender de segurança pessoal, é muito mais do que saber alguns movimentos simples ou carregar um spray de defesa para afastar possíveis agressores. É um hábito mental. É a maneira como pensamos, como nos vestimos, como andamos, como nos portamos em público. Pessoas que aparentam ser “boas vítimas” (por estarem desatentas, parecerem fracas, distraídas ou frágeis demais), são possíveis e prováveis vítimas.

 

Esteja sempre atento a tudo que o cerca. Quando algo não parece certo sobre algo ou alguém, fique alerta e preparado para agir. Quando alguma coisa está fora do comum ou do padrão, esteja pronto para reagir. A autoproteção é a consciência sobre você, o ambiente que você está e suas opções: seja para reduzir riscos, se afastar, argumentar ou lutar.