28 abr

Dicas para Sobrevivência Urbana Bullying: A juventude e a agressividade

Atualmente, o que mais preocupa e angustia pais e professores e todos aqueles que estão ligados de forma direta ou indireta com os jovens é o aumento do comportamento agressivo entre eles, o qual pode se apresentar das mais diversas formas, tanto conflitos verbais quanto brigas físicas e violentas, advindas dos mais fúteis motivos. Ficam visíveis os abusos e as arbitrariedades dos mais fortes aos mais frágeis, feitos por intimidações físicas e psicológicas como humilhações e comentários maldosos feitos em público, difamações, intrigas feitas das mais diversas formas de violências propriamente dita.

Estes tipos de agressão são facilmente identificados nos primeiros anos do ensino fundamental, quando os adolescentes demonstram predisposição ao comportamento individual psicologicamente intolerante e impulsivo e que se reproduz até os anos escolares superiores. Há aqueles que demonstram agressividade por meio de comportamento como, por exemplo, base da personalidade mais influenciável ou possuidora de poucos recursos socioculturais e/ou familiares que promovem autocontrole eficiente nas relações interpessoais.

Nos mais sensíveis ou “fracos”, é comum a geração de sérios problemas individuais, os quais interferem de forma drástica nos seus setores vitais, já os que possuem tendências mais agressivas estão mais predispostos à delinquência na juventude. É aí que ficam mais evidentes as diferenças entre eles, pois uns assumirão postura de agressores e outros de vítima de toda a violência.

Devemos sempre considerar que são frequentes na adolescência os comportamentos agressivos infratores, visto que é nesta fase que se busca a identidade e se propõem os riscos, aventuras, inquietações, angústias, descobertas, irresponsabilidades, paixões e outros fatores que, na maioria das vezes, não são frutos de manifestações patológicos de fundo psíquico individual ou sociocultural, mesmo quando as pessoas acreditam que seja o contrário. Essas são as formas que eles demonstram a sua existência e que possuem valor para seus amigos, familiares e sociedade.

O grupo é um lugar privilegiado para o reconhecimento individual e objetivo afetivo de enorme relevância neste contexto de dúvidas, incertezas e agressividades. É nele que o sentimento de vínculo encontra uma forma de se expressar de forma verbal, física ou comportamental e, por esse motivo, costuma revidar de forma quase passional qualquer análise crítica que envolva sua “turma”.

Felizmente, na maioria dos casos, o comportamento agressivo entre os adolescentes é transitório e, apenas uma minoria menos provida de cultura e educação ou com predisposição psíquica de fundo, poderá iniciar um processo negativo de identificação e que levará para uma realidade mais arriscada e perigosa, a qual está desprovida de todos os limites pessoais e sociais, na qual, infelizmente, imperam o desrespeito, a irresponsabilidade e a violência.

Aqueles que não apresentam agressividade

Há aqueles jovens que não se mostram socialmente e psicologicamente e esses estão mais sujeitos a introspecção, são inseguros, angustiados e quase desprovidos de autoestima e a vida social pode ser um martírio. Estes jovens mostram-se passivos diante dos obstáculos, possuem poucas habilidades sociais e comunicativas, não exibem nenhuma atitude agressiva, nem mesmo quando caberia, como por exemplo, em uma tarefa difícil, um desafio ou para ter domínio da situação quando esta é ameaçadora.

Estes jovens, frequentemente são vítimas de arbitrariedade dos colegas da escola e da incompreensão familiar, pois não possuem capacidade de reagir diante de atos agressivos tanto verbais quanto físicos e, neste contexto, acabam canalizando sua agressividade de forma autodestrutiva e o resultado disto é o isolamento, aborrecimentos psíquicos que, dependendo da predisposição, podem desenvolver até quadros de suicídio e homicídios.